por Victor Lambertucci
A falta de tempo lidera a lista de reclamações. A pergunta surgiu hoje,
na aula de inglês, com um daqueles exercícios em grupo que a gente acaba
refletindo sobre a vida, tentando encontrar as palavras certas para se
expressar na língua estrangeira. “I wish I had more time!”, em bom português: “Queria
ter mais tempo!”. Já contou quantas vezes a gente diz essa frase num dia?
Pois é, fica a pergunta, se ganhássemos mais algum tempo, 30 horas em vez de 24 -
que tal? -, você não quereria mais, mais, e mais...?
Uma
coisa é clara, o speed limit já não é
mais o mesmo, ou então estamos todos sendo multados pelo radar que mede o tempo
natural das coisas. Confesso que às vezes a impressão é de que falta tempo para
respirar. Cada um no seu quadrado – me apropriando da expressão funkeira que se
faz útil no momento -, sendo você um workaholic,dona ou dono de casa,
universitário ou artista, a sensação é que os dias são cada vez mais curtos.
A
sexta terminou tarde – era dia de festa, 51 do meu coroa -, e mesmo que a boa
ideia fosse ficar na cama até ser acordado pelo cheirinho do almoço, o dever me
chama! Rendeu post no facebook. Clima ameno, com direito a neblina. Na time line a foto da Reitoria no campus
Pampulha da UFMG e as alternativas: a) continuar na companhia dos travesseiros
(mania de dormir com mais de um); b) Levantar, espantar o sono com uma porção
especial do cafezim matinal, ir para a aula de idioma.
É o jeito.
Durante a semana, de sete às sete na facul, recebido com sol, despedidas com a lua. Lembro quando aspirava com amigos a uma
semana que tivesse - at least three days of rest – pelo menos três dias de
descanso, mas em vez da sexta virar permanentemente feriado, parece que o sábado
foi batizado como nova sexta-feira. Isso porque os compromissos semanais de
trabalho, estudo, tarefas que não fazem parte do lazer, tomaram conta do dia
que costumava ser o primeiro da farra e do descompromisso. Resta-nos o polêmico
domingo, dia sem muito movimento, amigo da cama e do sofá, mas que anuncia: vem
aí, a temida e tampouco aguardada segunda-feira!



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