por Victor Lambertucci
Estreia hoje, nos cinemas, o longa que pode se tornar o mais novo queridinho dos adolescentes e fãs de best sellers. A equipe do mundi esteve na cabine de imprensa de "Dezesseis Luas", no título original: "Beautiful Creatures" (Belas Criaturas). Rotulado como "o novo Crepúsculo", pelo jornal O Globo e portal UOL, a produção tem pelo menos uma variação de personagens, opostos comparando-se à saga de Stephenie Meyer. No lançamento a mocinha assume o papel sobrenatural e o galã é o reles mortal da história.
O protagonista Ethan Wate (Alden Ehrenreich) sente uma atração inexplicável pela recém-chegada e desconhecida aluna do colegial, Lena Duchannes (Alice Englert). A família da estranha garota que é motivo da insônia de Ethan sofre, por gerações, com uma maldição. Ao completar 16 anos, todas as mulheres devem escolher entre conjurar o bem ou o mal; decisão que não depende exclusivamente da vontade da futura conjuradora, mas da sua essência e personalidade, que podem encaminhá-la para determinado caminho.
É verdade que o filme segue a fórmula criada pelos best-sellers como o próprio Twilight e em certo ponto Harry Potter, mas oferecer ao telespectador releituras e em certa medida alguma novidade são fundamentais para cativá-lo. Não são tantas inovações assim no enredo de "Dezesseis Luas", resumido na linha clichê de raciocínio: o amor impossível do casal protagonista que precisa vencer as mais ardilosas barreiras - incluindo a magia negra - para viver o sentimento que é maior que o medo e qualquer que seja o empecilho.
Entretanto, além da brilhante atuação de Emma Thompson (da qual sou suspeito para falar, por ser fã), destacaria como novidade ou tentativa de chamar a atenção de quem assiste, o apelo por um lado cômico inserido nos trejeitos e falas dos personagens, que parecem, em certos momentos, fugir do script e dão naturalidade à cena. Mesmo que a piada não seja engraçada ou o riso seja resultado de um estranhamento do expectador, os roteiristas ou o diretor parecem assumir uma versão, talvez e às vezes, caricatural de alguns personagens, como da própria Emma Thompson, que interpreta uma cidadã conservadora da pequena e interiorana Gatlin, na Carolina do Sul, e ao mesmo tempo a maligna Serafine, quando possuída pelo espírito da conjuradora mãe de Lena. Para concluir: entre a receita com mesmos ingredientes e pitadas de algum (ainda que pouco) tempero exótico, fica a vontade de assistir o próximo filme da saga.
Efeitos Especiais
Quanto aos efeitos especias, o longa dirigido por Richard LaGravenese, em estreia nacional nesta sexta, 01, não deixa a desejar. Apesar de que vem a minha cabeça uma cena que esteticamente não satisfez tanto, quando Ethan é impedido de se aproximar de Lena por um campo de força com raios elétricos não tão convincentes. Mas deixando a minha cisma com os pobres raios de lado (que por sinal devem ter dado trabalho a equipe), algumas cenas como a fúria da protagonista que faz a sala toda girar durante um jantar em família, ou quando ela exorcisa sua própria mãe do corpo da senhora possuída deixaram uma lembrança positiva do departamento de efeitos visuais de "Dezesseis Luas".
Trailer
Ficha Técnica
Elenco
Emma Thompson, Viola Davis, Emmy Rossum, J.D. Evermore, Jeremy Irons, Alden Ehrenreich, Alice Englert, Kyle Gallner, Lance E. Nichols, Rachel Brosnahan, Thomas Mann, Tiffany Boone
Roteiro
Kami Garcia, Margaret Stohl - Baseado na série best-seller, criada por Margaret Stohl e Kami Garcia.
Produção
Broderick Johnson, Andrew A. Kosove, Molly Smith, Erwin Stoff
Direção
Richard LaGravenese
País | Distribuidora
EUA - Paris Filmes
Gênero
Aventura, Romance
Duração
122 min.
Lançamento Brasil
01/03/2013


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