segunda-feira, 8 de abril de 2013

Paixão por carros antigos

por Victor Lambertucci

    Algumas semanas atrás tive a oportunidade de conhecer dois apaixonados pelo antigomobilismo. Eduardo Brasil é dono da Brasvel, concessionária de veículos antigos que para ele, aliás, é melhor definida como um espaço para compartilhar o hobby. Otávio Pinto de Carvalho é outro apreciador, ele é presidente do Veteran Car Clube e vice da FBVA, a Federação Nacional de Veículos Antigos. 

   Confesso que nunca tive uma queda pelo assunto, mas ao decorrer da matéria que fiz pela TV UFMG (ufmg.br/tv), deu para entender o porquê de esses carros de décadas e décadas atrás significarem tanto para os donos e para quem compartilha o gosto. Além da beleza e peculiaridade de cada modelo, esses automóveis revelam, como bem  lembram Eduardo e Otávio, marcas de uma época passada, traços da história humana revelados no design, no tamanho e no modelo do veículo.

Corvette Sting Ray - 1964
    O meu preferido (escolha difícil) foi esse Corvette Sting Ray na foto acima. Quando entrei para fazer uma passagem - aquela hora que o repórter aparece na matéria - não deu vontade de sair, se bem que não seria nada mau sair motorizado com aquele possante. Mas essa não é uma paixão barata. Os "antigomobilistas" - com perdão do neologismo - não gostam de falar do preço, para eles tem muito mais a ver com a estima.  Agora, isso não impede que quem se interesse em ter um carro como esses compre um usado e faça uma reforma gradativa, aos poucos. 

   Bem, já falei demais. Deixo o convite para que acompanhem a matéria no vídeo a seguir e deixem comentários!

Assista ao vídeo!



sábado, 6 de abril de 2013

Quinta, sexta, sábado-feira


por Victor Lambertucci

  
  A falta de tempo lidera a lista de reclamações. A pergunta surgiu hoje, na aula de inglês, com um daqueles exercícios em grupo que a gente acaba refletindo sobre a vida, tentando encontrar as palavras certas para se expressar na língua estrangeira. “I wish I had more time!”, em bom português: “Queria ter mais tempo!”. Já contou quantas vezes a gente diz essa frase num dia? Pois é, fica a pergunta, se ganhássemos mais algum tempo, 30 horas em vez de 24 - que tal? -, você não quereria mais, mais, e mais...?

    Uma coisa é clara, o speed limit já não é mais o mesmo, ou então estamos todos sendo multados pelo radar que mede o tempo natural das coisas. Confesso que às vezes a impressão é de que falta tempo para respirar. Cada um no seu quadrado – me apropriando da expressão funkeira que se faz útil no momento -, sendo você um workaholic,dona ou dono de casa, universitário ou artista, a sensação é que os dias são cada vez mais curtos.


    A sexta terminou tarde – era dia de festa, 51 do meu coroa -, e mesmo que a boa ideia fosse ficar na cama até ser acordado pelo cheirinho do almoço, o dever me chama! Rendeu post no facebook. Clima ameno, com direito a neblina. Na time line a foto da Reitoria no campus Pampulha da UFMG e as alternativas: a) continuar na companhia dos travesseiros (mania de dormir com mais de um); b) Levantar, espantar o sono com uma porção especial do cafezim matinal, ir para a aula de idioma.

  É o jeito. Durante a semana, de sete às sete na facul, recebido com sol, despedidas com a  lua. Lembro quando aspirava com amigos a uma semana que tivesse - at least three days of rest – pelo menos três dias de descanso, mas em vez da sexta virar permanentemente feriado, parece que o sábado foi batizado como nova sexta-feira. Isso porque os compromissos semanais de trabalho, estudo, tarefas que não fazem parte do lazer, tomaram conta do dia que costumava ser o primeiro da farra e do descompromisso. Resta-nos o polêmico domingo, dia sem muito movimento, amigo da cama e do sofá, mas que anuncia: vem aí, a temida e tampouco aguardada segunda-feira!



(últimos 30 dias)