
Sabe aquela velha frase que diz "a primeira impressão é a que vale"? Quem tem um pouquinho de experiência de vida sabe que não é bem verdade, pelo menos não nas relações interpessoais. Mas no caso de um produto ou serviço, a primeira falta de afinidade pode ser, sim, o fim da relação.
Apesar de a princípio estranha a analogia entre comércio e relacionamentos, você vai ver que faz certo sentido. Afinal o consumidor cria envolvimento com aquilo que consome, seja com os ítens do vestuário, os aparatos eletrônicos ou aquele chocolate diário da sobremesa. Não importa se você é um aficcionado pelas marcas mais badaladas ou daquele grupo que tem preguiça de modinhas; uma coisa é fato, você escolhe as marcas que usa.
Voltando ao assunto da primeira impressão, vamos fazer um exercício rápido. Imagine que precisa com urgência de um pedreiro, para reformar o banheiro de casa. Você não tem referência de nenhum profissional, nem indicações. Milagrosamente, mexendo nas suas coisas, descobre dois cartões, com os contatos de dois prestadores de serviço na área. Justo o que você precisa. Seu primeiro movimento será avaliar o conteúdo dos cartões. Faça isso abaixo:

Obviamente, você que não é bobo(a) nem nada, não vai se deixar levar apenas pelas aparências e escolher o profissional pela beleza do cartão de visitas. Mas, convenhamos, para quem você vai ligar primeiro? Uma vez que você, o cliente, procurar o serviço, muitos outros fatores vão definir se o negócio vai ser fechado. O preço, a simpatia do vendedor, a experiência, a disponibilidade, tudo isso conta. Mas, à primeira vista, o que o empreendedor precisa é ser visto pelos seus clientes em potencial e, claro, que eles decidam discar o seu número no telefone, ou visitar a sua página na internet; e não a da concorrência.
Alguns vão pensar que então basta procurar um designer que possa fazer uma identidade visual bem chamativa e sair distribuindo cartões e panfletos por aí. Faz parte. Atrair os clientes, os públicos de interesse é claramente uma das principais funções da marca de um negócio, mas está longe de ser apenas isso.
A marca carrega a alma do projeto, por assim dizer. As cores, formas e traços que a compõem são capazes de expressar valores e causar sentimentos, sensações, de criar laços, de promover o reconhecimento. Carregam consigo ainda o desafio de simbolizar, ou de levar à frente a missão da empresa. A marca não se expressa apenas na peça gráfica que a representa, tem a ver também com as infinitas relações que naturalmente a cerceiam. Mas essa peça deve ser capaz de comunicar um pouco do que se constrói nesses entremeios.
Por trás de toda empresa de sucesso há uma marca de mesma proporção. Novamente, não é apenas a estética refinada que vai mensurar a qualidade da marca, mas sim a identidade visual que consegue unir o objetivo comercial de vender um produto ou uma ideia, à importante missão de sintetizar em si os valores por trás do projeto ao qual representa, ao qual dá visibilidade.
